Opinião

Explicações sobre a polêmica suscitada por meu texto de domingo

Emílio Oliveira

Por Emílio Oliveira

Face à grande repercussão criada pelo meu texto datado de 05/10/2002 e publicado no Blog O Facho de Grossos, edição de Domingo e que, pelas muitas polêmicas suscitadas, atrevo-me a dar as minhas devidas explicações sobre a principal finalidade daquele texto. Como é do conhecimento geral rola nesse momento no cada vez mais puído tapete da política nacional, uma eleição presidencial já no seu segundo turno.

Que fiz eu? Ante as exacerbadas paixões que a eleição mais polarizada de nossa história política trouxe à tona, resolvi por conta e risco próprio alertar as pessoas que se deixaram apaixonar por seus candidatos que políticos são todos iguais e que nenhum portanto merece que nos envolvamos em discussões tentando mostrar que o nosso candidato é melhor que o do outro ou dos outros.

Apesar de ser consciente de todo esse processo eu também tenho o meu candidato que justamente pela polarização não conseguiu se fazer entender o suficiente e que por isso fora descartado logo no primeiro turno, ficando em quarto lugar na consecução dos votos do primeiro. O nome dele todos já sabem que é o Ciro Gomes.

Ele é melhor que os outros políticos que disputaram o pleito com ele? Acho que não. Mas pelo menos eu tinha e ainda tenho  certeza absoluta de que ele e, somente ele, tinha um projeto de nação escrito no seu PND – Projeto Nacional de Desenvolvimento  para o nosso tão amado e sofrido Brasil, enquanto que nenhum dos outros candidatos não tinham nem no primeiro turno e ainda não têm nesse segundo.

Foi por isso que votei nele e não por simples paixão política que tenha desenvolvido por sua pessoa. Felizmente eu não estou sozinho  nesse caminho cidadão porque no tabuleiro da política internacional é o que também costuma fazer a maioria dos eleitores dos países do primeiro mundo. Portanto, continuo em paz com a minha consciência de cidadão votando sempre naquele candidato que se enquadrar melhor nesse meu critério de cidadão no primeiro turno e, se ele não passar para o segundo turno, voto noutro que, pelo menos, seja menos ruim que o seu adversário.

Por isso mesmo é que no meu texto de domingo falei sobre as práticas políticas do Lula e de seu PT e também sobre as práticas  políticas do Bolsonaro e de  toda aquela sua turma de pessoas que geralmente se apresentam publicamente não somente como autoritárias, mas algumas até alucinadas demais para o meu gosto.

Quem realmente leu o meu texto até o fim e quero aqui reconhecer que ele ficou muito grande mesmo, chegou certamente a essa mesma conclusão. O problema é como eu venho realmente mostrando desde o primeiro turno que as paixões geralmente cegam não somente as pessoas, mas também até mesmo aos deuses e cegam mesmo.

O problema de uma forma generalizada chegou ao ponto de ao se começar a ler um texto e ele iniciar mostrando as qualidades e/ou defeitos de um candidato, as pessoas apaixonadas se entusiasmam ou se exasperam logo e, como consequência, vem a reação imediata. Infelizmente, é isso o que está acontecendo com o nosso Brasil.

Podem observar que algum assunto realmente importante para o povo trabalhador brasileiro somente foi discutido no primeiro turno de forma mais objetiva e direta com o Ciro Gomes e também de forma mais branda e suave com as outras duas candidatas que participaram dos dois debates. Dos dois candidatos que estão no segundo turno somente se viu e ouviu foram acusações de corrupção de ambos os lados que não interessam em nada a difícil vida do nosso tão sofrido e explorado povo.

E por isso mesmo é que nesse segundo turno, de agora até o próximo dia da eleição, não se estará discutindo o que realmente interessa ao nosso Brasil que agonizará numa crise social e econômica gigantesca que se avizinha para os próximos anos e que, quem ganhar a eleição, vai ter que administrar uma das mais violentas crises de toda a nossa história política, econômica e social.

Noutras palavras, o que deveríamos está discutindo agora nesse segundo turno com seriedade e objetividade exigindo dos dois candidatos a discussão de assuntos importantes para o país e todo o nosso povo, como por exemplo: saúde, educação de qualidade, meio ambiente, taxa de juros, taxa de câmbio, emprego, desemprego, salários, direitos trabalhistas, aposentadorias, industrialização, relações internacionais, preferências comerciais e política exterior.

Portanto, é somente lutando por todos esses nobres objetivos o que realmente interessa a todos nós brasileiros e brasileiras e não essas inusitadas brigas e futricas em que de forma apaixonada nos encontramos quase todos envolvidos, rumando a nossa nau desgovernada para o atraso que nos exporá cada vez mais no futuro próximo a pobreza, a miséria, ao atraso educacional, econômico e social e, por último, à violência que não sabemos aonde nos levará definitivamente. Deu para entender ou ainda não o que eu tentei dizer?

Emílio Oliveira.
Grossos(RN), 10/10/2022.

LEIA TAMBÉM:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo